C2 - Estudo e Aprofundamento
Olá Diretoras!
Dando continuidade às reflexões sobre a atuação da diretora ou diretor nas diferentes dimensões da gestão, destacamos que o olhar cuidadoso da/o gestora/o escolar para as questões pedagógicas impactam diretamente na qualidade do ensino e na aprendizagem dos estudantes.
Consideramos que a alfabetização é um direito de todos/as e que nem todos/as aprendem da mesma forma nem no mesmo ritmo. No entanto, é comum que as diferenças, naturais nesse processo, tornem-se defasagens ao longo do ano letivo ou mesmo da escolaridade, fazendo com que alguns fiquem “para trás”, por não terem tido o apoio específico e adequado nos momentos em que precisaram.
Patrícia Diaz, diretora executiva da Roda educativa, em uma aula ministrada recentemente no minicurso Possibilidades para a Alfabetização nas Redes Públicas de Ensino, da cátedra da Educação básica da Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo, destaca o compromisso do conjunto de educadoras/es e de toda uma rede de articulações para que sejam asseguradas as condições para que os estudantes se alfabetizem:
Não dá para pensar no método, material, formação de professores e avaliação sem saber qual é o referencial que vamos usar para a nossa meta. Onde vamos chegar nesses primeiros anos do Ensino Fundamental? A alfabetização é um tema controverso e de muitas disputas, com visões que partem de lugares diferentes, muitas vezes, antagônicos. Mas quando a gente desfoca dessas polêmicas e olha para as pessoas que queremos formar e do que se trata essa alfabetização, essa pessoa que se quer alfabetizada atuando na sociedade, a gente consegue alguns consensos e alguns pontos mais firmes para essa discussão”. Patrícia Diaz
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Patrícia explica que precisamos considerar 4 pontos para esse projeto de alfabetização da rede:
concepções de alfabetização, de criança, de aprendizagem;
tempos, espaços, acervo de livros e
demais materiais;
acompanhamento das aprendizagens e
avaliação;
formação continuada.
As questões trazidas por Patrícia estão pautadas na abordagem da pesquisadora Emília Ferreiro, educadora argentina e um dos grandes nomes do estudo sobre a alfabetização. Suas pesquisas defendem que a alfabetização vai muito além de um processo mecânico e que criança é um sujeito ativo nesse processo.
Recentemente a pesquisadora foi celebrada na Semana Emilia Ferreiro, promovida pela Rede Latino-americana de Alfabetização. Nas palavras de Giulianny Russo, mestre em escritura y alfabetización pela Universidade Nacional de La Plata (Argentina) e integrante da diretoria da Rede Latino-americana de Alfabetização:
“Não basta ensinar letras, sons ou sílabas isoladamente. É preciso criar situações reais de leitura e escrita em que a criança possa pensar sobre a linguagem, formular hipóteses e ser escutada”
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